comunista desejosa de glamour hollywoodiano. anarquista com apego material a coisas emocionais. plagiadora que exige direitos autorais



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

la movida

mas eu tambem sei ser careta. de perto ninguem é normal. as vezes segue em linha reta a vida que é meu bem meu mal. no mais as ramblas do planeta orchata de chufa siusplau.

ê deusa de assombrosas tetas. gotas do leite bom na minha cara chuva do mesmo bom sobre os caretas.



o importante é passar por uma iniciação de uma forma ou outra. algo de vivo tem que crescer ora pois.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

nada que é humano, é de grave importãncia. (Platão)






qUE BIEN! qUE bIEN!!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

sentimentos burgueses II

É um sentimento burguês, mas eu não pude evitar.

É sim. Um vício burguês. Nem se trata de sobrevivência. Senão seria tudo muito mais prático. É tudo um grande “dar-se ao luxo de”. Daí eu mato o serviço. Poupo os meus peitinhos. E fico aqui especulando pra onde foi a porra do meu “potencial criativo”.
Bah.

sentimentos burgueses I

O aquecimento global e a bipolaridade de mim. Melodrama de lixo urbano, incluindo eu mesma.

Soy una esponja!! Sorbo la idiosincrasia del mundo!! Y el tabaco.
Grita na rua. dá a última tragada, e atira o filtro vermelho, entre o polegar e maior de todos como uma catapulta, pro meio do asfalto.

Tenho um buraco no peito feito de angustia e nicotina. Mal posso respirar!! Meus alvéolos estão mancomunados com meu externo. Continua. Que me aperta e não se abre pra entrada de ar. A rua está vazia.
Novo ar. Novos ares. BUENOS AIRES ENFIM!! Belo Horizonte nem se mexe. Nem se afeta! Permanece seca e ensolarada naquela manhã de terça feira.

Meu pulmão defumado. Em processo de maturação. Jamón serrano curado em caverna. Salgado, porem defumado. Fuligem nicotina e veneno de rato.

O mundo nos faz ansiosos! Grita sem bíblia debaixo do braço. As garrafas pets são grandes e não retornáveis!
Agora mesmo tem uma passeando sem destino no meu quintal. Dando sinal de vida inútil. Venta. Enfim vai chover nessa secura da serra do curral.
As guimbas no chão demoram anos pra se decompor. Acende outro exemplarmente. Olha pra ele. Já lhe sugaram toda a anestesia eufórica que lhe dava valor. Agora é só uma guimba. Taca a outra guimba no chão. Senta no meio fio. E observa a guimba dar seus últimos suspiros de brasa.

Manifesto do Teatro Fanzine

Manifesto do Teatro Fanzine

Aglutine-se!
Crie uma nova família!
E não espere reembolso!!
Tenha um trabalho alternativo. Se garanta como garçonete ou produtora.
Por um pensamento auto-sustentável: vomite e coma de novo.
O preço do feijão ta pela hora da morte!!
Não roube de um autor só. Roube de todos!!
Da televisão a Dostoievski. Não tenha preconceito de nada.

Life is a Cabaret, old cham!! Come to the Cabaret!!

Todo mundo tem arquivo.
O CRTL C + CRTL V quem faz é você.

Lembre-se do seu jornalzinho de escola: eis o seu diploma.

O show da Tia Medusa é só o começo!

Quem poderá nos defender?

Sandálias aladas O sertão vai virar mar
Um capacete O mar vai virar sertão
Eu escudo de cobre Ele (who?) já leu mais de mil livros na prisão
Pra refletir a nossa cagada! Não contavam com sua astúcia!!

Eita geração inadimplente!!



Agora, feche os olhos e respire. Cultive o monolito que existe dentro de você!!

O que é o seu monolito?
Porque você não se mata?
Você era nascido em 68?
É assim mesmo camarada!!

Se marginal era ser herói hoje somo santos na eternidade do lado B.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

onde é mesmo Passargada?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"O casamento" ou "Não estamos na Espanha."

Eram tempos de cor âmbar. Diria ela. Vivíamos numa república com papagaio gato cachorro baratas e rapazes. O portão também era verde. E os DVD´s não tinham legenda.
Era a mesma Aparecida. E a mesma raça de cachorro. Eram quase todos os mesmos nomes.
Talvez uma fronteira. Uma linha vermelha. Um resto de lama. Um resto de infância. Epifania de cola. Cigarro, Beserol e elixir paregórico na mesa. Gaita mal tocada em dia rebordosa da bala do dia anterior. Unhada de gato. Cocô de cachorro. Lua.

Resolvemos sair. Buscamos nossa amiga. Negona de cabelos doirados a la Beyoncé.
Ela tinha um bom aditivo. Tomamos.
Fomos pruma boate qualquer, das modernas, o quão modeéeeerno pode ser uma boate ali, na Savassi mesmo...
Meu deus, estou ficando velha. O senso crítico não me permite “just wanna have fun”!
(Mas eu ainda só quero me divertir. O que é que se passa comigo? A província não me aborrece, mas já não me corteja, não me presenteia possibilidades? Já subi o arco do viaduto Santa Teresa. Já escutei clube da esquina do outro lado do atlântico. Já subi a serra do curral pelo cabo da antena...).

Dançamos no meio dos modernos provincianos até o completo enfado. Porque nunca mais a noite moderrrrrrrna de BH seria tão divertida quanto o dia pós bala, bicarbonato, chuva e pé distendido depois de performance no mastro da UP. Droga é memória. Não é presente. Que ironia filha da puta.

Em fado, foi por vontade de deus que eu vivo nesta ansiedade. E resolvemos casar. Nossa amiga seria a sacerdotisa.
Fomos para a casa da nossa amiga all-the-single-ladies-put-your-hands-up. Que celebraria uma cerimônia Wicca.
Vamos nos casar. Escolhemos os padrinhos. Ligamos, avisamos, e fomos sem eles para o casório pagão. Pois agente não mora na Espanha. E mulher não celebra Missa aqui em Minas Gerais...


Mesmo estando ali mês, em Belo Horizonte, a roça grande rodeada de montanhas, onde os um pouco mais ricos vão pra Macacos e os pobres para o parque Municipal ou de excursão para o Mangabeiras, o concreto ali estava ganhando. Era necessário que a cerimônia fosse realizada próximo à natureza, esse lugar de conjunção do ser e seu verdadeiro habitat, a terra, o verde, a energia, a mãe Gaia, enfim.
Celebremos perto do pé de café que a Helô comprou no mercado.


A negona me coloca de fundo um vinil da Madonna. Like a Prayer.
E nos oferece de aliança um par de brincos de lua estrela, enferrujado, que inflamou a minha orelha.

Casamento consumado ao som de Madonna no sofá cama da Negona.
Casads. Assim o evento me sugeriu. Hoje bebo vinho nacional. Não sei quando começou, mas Strawberry Fields Forever virou a nossa música. Acho que por causa de dedicatória do primeiro presente, Morangos Mofados de Caio. F.


Em tempos lavanda. Campos de morango para Sempre. Tatuei a musica no ombro. E trouxe meus discos. Só falta agulha pra vitrola e estrear a misteira grill. Com bife.

Escrito numa noite de segunda, 20 de julho de 2009.



Era sábado. O cinema estava fechado. Naquele dia não ia ter matinê. Daí eles foram pra lá.
“Somos irmãos” ele disse. “Ta” ela disse. “Estamos presos aqui.” ele disse.
“... tá.”
E continuava dizendo, “o céu é a parte que eu mais gosto da natureza. Mas eu queria mesmo o nada. O nada e eu. Ser único. Ela ficava olhando sem conseguir dizer muita coisa. Trancaram-se no banheiro. Aí ela disse,“eu tô perdida”, de verdade mesmo, não na ficção, brincadeira ou o que fosse aquilo.
Ele: “é isso mesmo... e nós vamos sair daqui, tem que bater o sapatinho três vezes e ir, você quer experimentar? Eu vou então. Você fica aqui. Eu vou tentar. Depois eu volto pra te buscar”.
Ele calçou aqueles sapatos prateados e começou a esboçar passos de sapateado. Dançava terrivelmente. E ia. Ela o seguia com os olhos. Era bonito de ver.
E ela se sentindo sozinha. Ele não vai voltar. Não vai voltar. O coração muito apertado.
Ele sapateava pra longe dela e ela tinha vontade de chorar. Abriu a torneira deixou escorrer água. E ficou só o silencio, a água escorrendo, e o barulho do sapato ecoando naquele corredor enorme. Até acabar a brincadeira... e qual vai ser da próxima vez?
Vai que eu te vejo encantada daqui. Desse jeitinho mesmo olho pra vocÊ.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

STREET FIGHTING MAN

E o que uma garota pobre como eu pode fazer senão tocar numa banda de rock.





Eu me tornei atriz por que era dispersa demais pra tocar violão.





Mesmo porque o violão não pode aparecer mais que o meu belo quadril.





Rebolo.





Please to meet you.





Aqui é Silvia, Bee. Te cuida.





Hasta pronto.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aqui quem fala é Mickey Mouse?


Cara Bee. Descobri que sou Mickey Mouse em um teste de internet. Que merda. Cansei de minhas polyanices. Acordei esta segunda feira, doída de não sei o que. Tem sido recorrente a insônia de domingo pra segunda, seguido de uma manhã angustiada de segunda. E cá estou desde o bueiro tentando exprimir alguma coisa disso tudo. A questão, minha cara bee, se repete a cada ano que passa a cada idade e fase da vida, as madrugadas de domingo são de amargar. Preciso ler uns livros. Preencher esta angustia com alguma inquietude adolescente. Entender esta secura mais uma vez. Mickey Mouse, ratinho filho da mãe. Já era pra ser domínio público esse camundongo antropomórfico absurdo! (não fosse a aprovação pelo congresso americano da lei de prorrogação do copyright que expandiu por 20 anos os direitos autorais de todas as obras americanas que não tivessem caído ainda em domínio público, o que faz com que tal situação só ocorra em 18 de novembro de 2018).
Vai te fudê Mickey Mouse!!

Mesmo porque eu sempre gostei do pateta.

pra fechar

Uivo para Carl Solomon (Howl)

Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca uma dose violenta de qualquer coisa
"hipsters" com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato celestial com o dínamo estrelado da
maquinaria da noite, que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram
fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos sem água quente, flutuando
sobre os tetos das cidades contemplando jazz, que desnudaram seus Cérebros ao céu sob o
Elevados e viram anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados das casas de
cômodos, que passaram por universidades com olhos frios e radiantes alucinando Arkansas e tragédias à luz de William Blake entre os estudiosos da guerra, que foram expulsos das universidades por serem loucos
& publicarem odes obscenas nas janelas do crânio, que se refugiaram em quartos de paredes de pintura
descascada em roupa de baixo queimando seu dinheiro em cestas de papel, escutando o Terror
através da parede. (...)

domingo, 16 de agosto de 2009


eu sou a pomba.

let the sun shine in

Comemorações dos 40 anos de woodstock estão abertas.

sábado, 15 de agosto de 2009

Qual foi o destino do hippie?




Cansado de caminhar desde de 1969 até aqui a pé, o tiozão na crise da meia idade compra um carro conversível vermelho.
Complete as lacunas:
Qual foi o destino do hippie...
Peter Fonda e Dennis Hoper: nenhum
Jack Nickolson:
Michael Lang (produtor de woodstock): $?
Jannis: morreu
Arnaldo Batista: syd barret
Syd Barret: Cê ta pensando que eu loqui bicho?
Jimmy: moreu
Keith moon : morreu
John Lennon: morreu assassinado pela CIA.
Stepenwolf: HEAVY METAL (thunder)
Allen guinzburg: ...and Now I´m nothing
Buckovski: eu comi.
Bob Dylan: How does it feel?
Timoty Leary (O Guru do LSD): PORQUE NÃO?
Albert Hoffman ( O pai do LSD): EU LAVO AS MINHAS MÃOS. Eu não tenho culpa de nada.
BELCHIOR:
AMOR LIVRE: plástico com lubrificante
Jafferson Airplane: starship?
Jim Morrison: morreu (cia)
Brian Jones: morreu (mick jagger)
beatles: abbey road + yoko ono = Michael Jackson = diana ross = ...

por enquanto é só pessoal.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cara amiga, estou escrevendo uma carta pra você. Eu sou uma grande bobagem. Grande, imensa. Que se sente tão pequena diante da sua dor... Mas eu não posso ficar. Eu não posso sofrer o que eu não vivi. O tapa que eu não levei. Então, eu digo. Não vou sofrer. Não a sua dor. Não quero ela. Obrigada. Devo ficar por aqui ainda um tempo. Vou sofrer as minhas. O MEU MOFO. Aquela historia... Fico repetindo que tenho a minha medida. Mas acabo sofrendo a medida dos outros. Então é isso. Não vou mais. Não posso mais. A minha história é a minha história, não é mesmo?

Ai, se um dia eu aprendesse a ser cruel. Implacável. Isso tudo de intenso e de forte e de clichÊ.


Mesmo que eu já seja um clichê. Outro clichê.

Só não quero sofrer com o que eu penso que você pensa que eu deveria pensar ou ser. E a culpa não é sua obviamente. Mas é isso. Vou-me embora desse lugar. Esse quartinho dos fundos de madre Teresa, que ninguém se lembra, na hora de cantar.

sábado, 25 de julho de 2009

bOM dIA.

Aqui quem fala é Silvia, Bee. As armas chegarão amanhã, sem falta. Ninguem vai me impedir de cantar Dont Smoke in Bed, deitada num piano de cauda.

A repetição faz este sapo pular. Não tomo remédios. Serotonina TRABALHA COMO QUER por aqui. Anarquia geral. Não existe linha de montagem na minha cabeça.

O psiquiatra recomendou a psicoterapia, serviço que agora, previsto em lei, deve ser oferecido nos convênios e planos de saúde. Procura a relação na Casu, que no caderninho não tem.

Ele ainda tem um quadro da familia Adams na parede. Não tava torto. meu nariz é que é torto, e descobri que ser lôra é uma experiência antropológica riquíssima, sou puta travesti e lorão. Quantas possibilidades. Semi ressaqueada, vou ensaiar mais um dia de atriz crisenta.

Até amanhã. Ninguem vai me impedir de chegar amanhã.

terça-feira, 21 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bom dia.



Café?

terça-feira, 14 de julho de 2009

acho que adiantada um mês e um dia. e só agora que saquei. Não tem problema. Ontem foi dia internacional do Rock, hoje nostálgica, enfim, That's all. Repito mês que vem.

considerações festivas da pomba


segunda-feira, 18 de maio de 2009

e assim vão passando os dias e Silvia de dentro do esgoto, dá seus gritos e murmúrios...




Aqui quem fala é Silvia, Bee... A coisa toda é o seguinte. Onde estaremos daqui a vinte anos? Seremos amigos?Estaremos vivos? Agente vai ter feito tudo que agente queria? Agente vai se achar idiota/inocente/imbecil/saudosista/hipócrita daqui há vinte anos? Como é que vai ser essa coisa de olhar pra traz quando os primeiros pés de galinha e fios de cabelo branco, os juncos na testa começarem a denunciar a vida demais?
Eu sei que o papo é ruim...
(queria alguma coisa que alterasse meu estado de espírito sem me dar sono...)
Eu não sei mais aonde eu estou.

Há três anos atrás eu tava falando desse negócio todo de ausência de discurso e de bandeira. E continuo nisso mesmo até me censurando às vezes eis- me aqui: “visto a camisa, não tenho escolha.”

Absolutamente moderno
Absolutamente burguês
Absolutamente descontextualizado
Absolutamente incoerente!

Me sinto escondida, no bueiro, na toca, hibernando. E tudo que eu quero é explodir.
“É PRECISO SER ABSOLUTAMENTE MODERNO”. Ironia parafraseando Rimbaud a essa altura do campeonato.

Antaño, si no me acuerdo mal, me vida era um festin en que los corazones se abrian y los vinos de todas las clases fluian sin cesar.”( Rimbaud - de Uma Temporada no Inferno. Só tenho esse livrinho, já amarelado, que comprei em 1998 em León por 350 pesetas. Por isso a versão em espanhol)

Quando eu tinha quinze anos eu queria ser Rimbaud, mas já num dava tempo.

Acho que uns vinte anos depois que Rimbaud escreveu essas coisas ele morreu (depois de ter ido embora pra África e virado traficante de armas). Hoje olho nosso futuro talvez sem olhar de sonho, só questiono as possibilidades que o presente nos apresenta. Amo vocês. E não esquenta que o sonho volta. Depois da TPM, com ajuda química, com a produção de endorfina, com a sua companhia.

28= 1+2+4+7+14

Fiz vinte oito anos. Agora sim, retorno de saturno[1]. Esta bem, ok. Responsabilidade, crise de virar balzaca. Transições definitivas. Mas eu aqui, decorando letra de música antiga, quem nem quando eu fazia aos quinze anos e achando ótimo. Sabe quando você descobre uma banda e acompanhava a letra da música no encarte que vinha no vivil ou no CD... (por que eu vivi essa transição).
Ainda não sou uma profissional estável. Poso nua e faço teatro na provincia belorizontina.

Nunca fui dada à matemáticas. Definitivamente. Vai ver meu saturno deu uma atrasadinha. Hahaha

Quem diria que eu diria...
Quem diria que eu me sentiria assim aos vinte oito. Mandando um grande foda-se pra coisa crisenta toda.

Vinte oito é um número perfeito, (ou seja, os que me dividem (ou o que me divide) somam e chegam a mim..) e se eu, patológicamente como um astro do rock ( mania de perseguição, de ego monstro em determinadas situações e megalomanias secretas) não morri aos vinte sete como Jim Morrison, Kurt Cobain e Jimi Hendrix, (mortos pela CIA ou não). Acho que posso relaxar. Tomando vinho vinagrento às onze da manhã de uma terça feira, e descobrindo que Walt Withman começou a escrever poemas aos vinte nove. Olha só que alegria!! Ganhei meu dia. Eu que aos quinze me desesperei por causa de Rimbaud, que na minha idade era o que era. É preciso ser absolutamente moderno!!



[1] Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco.Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. É o momento de determinar o que vai dar impulso aos próximos 28 anos e tudo o que é decidido tem sua repercussão e conseqüência.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

10 de maio, vinte oito anos e uma bobagem quarentona.

Le rêve est realité.
O sonho é realidade.
Les réserves imposées au plaisir excite le plaisir de vivre sans réserve.
As reservas impostas ao prazer excitam o prazer de viver sem reservas.
Soyons cruels!
Sejamos cruéis!
J'ai quelque chose àdire mais je ne sais pas quoi.
Tenho algo a dizer, mas não sei o quê.
Tout pouvoir abuse. Le pouvoir absolu abuse absolutement.
Todo o poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente.
L'agresseur n'est pas celui qui se revolte mais celui qui affirme.
O agressor não é aquele que se revolta, mas o que afirma.
Être libre em 1968 c'est participer.
Ser livre em 1968 é participar.
Un homme n'est pas stupide ou intelligent: il est libre ou il n'est pas.
Um homem não é estúpido ou inteligente: ele é livre ou não é.
Nous sommes des rats (peut-être) et nous mordons.Les enragés.
Nós somos ratos (talvez) e mordemos.Os enraivecidos.
Ne me libère pas, je m'en charge.
Não me libertem, eu encarrego-me disso.
La poésie est dans la rue.
A poesia está na rua.
Faites l'amour et recommencez.
Façam amor e recomecem.
Jouissez sans entraves.Vivez sans temps morts.Baisez sans carottes.
Gozem sem entraves.Vivam sem tempos mortos.Fodam sem cenouras.
L'action ne dois pas être une réaction mais une création.
A acção não deve ser uma reacção, mas uma criação.
Cours camarade, le vieux monde est derrière toi.
Corre camarada, o velho mundo está atrás de ti.
Sous les pavés, la plage.
Sob a calçada, a praia.(referência à areia posta a descoberto depois de levantados os paralelos para fazer barricadas.)
La volonté générale contre la volonté du Général.
A vontade geral contra a vontade do General.
La Révolution doit cesser d'être pour exister.
A Revolução tem de deixar de ser para existir.
Déboutonnez votre cerveau aussi souvent que votre braguette.
Abram o vosso cérebro tantas vezes como a braguilha.
Et si on brulait la Sorbonne?
E se queimássemos a Sorbonne?
Interdit d'interdire.
Proíbido proibir.
Quand l'assemblée nationale devient un théâtre bourgeois tous les théâtres bourgeois doivent devenir des assemblées nationales.
Quando a assembleia nacional se transforma num teatro burguês, todos os teatros burgueses devem transformar-se em assembleias nacionais.
Soyons réalistes, demandons l'impossible.
Sejamos realistas, exijamos o impossível.
L'alcohol tue. Prenez du LSD.
O álcool mata. Tomem LSD.
La liberté est le crime que contient tous les crimes. C'est notre arme absolue!
A liberdade é o crime que contém todos os crimes. É a nossa arma absoluta!
Baisez vous les uns les autres sinon ils vous baiseront.
Fodam-se uns aos outros senão eles foder-vos-ão.
Ouvrons les portes des asiles, des prisons, et autres facultés.
Abramos as portas dos asilos, das prisões, e outras Faculdades.
La barricade ferme la rue mais ouvre la voie.
A barricada fecha a rua mas abre o caminho.
Travailleur: tu as 25 ans mais ton syndicat est de l'autre siècle. Pour changer cela, viens nous voir.
Trabalhador: tu tens 25 anos, mas o teu sindicato é do outro século. Para mudar isso, vem ver-nos.
On ne revendiquera rien.On ne demandera rien.On prendra. On occupera.
Não reivindicaremos nada.Não pediremos nada.Conquistaremos. Ocuparemos.
Prenez vod désirs pour la realité.
Tomem os vossos desejos pela realidade.
Ce n'est pas l'homme, c'est le monde qui est devenu anormal.
Não é o homem, mas sim o mundo que se tornou anormal.
Enragez-vous!
Enfureçam-se!
L'art est mort. Ne consommez pas son cadavre!
A arte morreu. Não consumam o seu cadáver!
Plus je fais l'amour, plus j'ai envie de faire la Révolution. Plus je fais la Révolution, plus j'envie de faire l'amour.
Quanto mais faço amor, mais vontade tenho de fazer a Revolução. Quanto mais faço a Revolução, mais vontade tenho de fazer amor.
Je jouis dans les pavés.
Venho-me na calçada.
Violez votre Alma Mater.
Violem a vossa Alma Mater.
L'Humanité ne sera heureuse que quand le dernier capitaliste sera pendu avec les tripes du dernier gauchiste.
A Humanidade só será feliz quando o último capitalista for enforcado com as tripas do último esquerdista.
La societé est une fleur carnivore.
A sociedade é uma flor carnívora.
Quand j'entends le mot “culture” je sors mes CRS.
Quando ouço o termo “cultura” saco os meus CRS.
Le pouvoir avait les Universités;Les étudiants les ont prises.Le pouvoir avait les usines;Les travailleurs les ont prises.Le pouvoir avait l'ORTF;Les journalistes lui ont pris.Le Pouvoir a le Pouvoir;Prenez-le-lui.
O Poder tinha as Universidades;Os estudantes tomaram-nas.O Poder tinha as fábricas;Os trabalhadores tomaram-nas.O Poder tinha a ORTF;Os jornalistas tomaram-na.O Poder tem o Poder;Tomemo-lo.
Ce n'est pas une révolution, Sire; c'est une mutation.
Não é uma revolução, Senhor; é uma mutação.
La vie est ailleurs.
A vida está alhures.
N'allez pas en Grèce cet été, rester à la Sorbonne.
Não vão à Grécia este Verão, fiquem na Sorbonne.
Ne consommons pas Marx.
Não consumamos Marx.
L'imagination au pouvoir.
A imaginação ao poder.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

VOU ME EMBORA PRA PASSARGADA... de novo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

bom que tenho um presente azul!

I´m the egg man...

Silvia plagia cantores da MPB, recita Marlon Brando, canta o hino da Internacional no chuveiro, copia conversas de telenovela e desenho animado...
Silvia! Como você é démodé! Se dê o mínimo de autenticidade nesse mundo. Mundo besta meu Deus! Sem um mísero conhaque pra te comover. Convenhamos:Você tem que descobrir algo novo pra falar. Sem conhaque.
Fácil se enrolar em tapetes. Cleópatra que o diga. Nunca conheci quem tivesse sido covarde e que me confessasse uma infâmia! Só perfumaria! Copiada das dignidades perdidas e captadas por paparazzos. Aí num vale! Tsc tsc.
Arre! Estou farta de...
Como você está por fora. Como você é senso comum. Como você...
Como não sou autora de nada que não sou do tempo de Wolfgang Goethe, eu fico aqui dizendo asneiras, as mesmas asneiras, mas com menos autoria. Médium pós-moderna laica psicografando Internet. Que pobreza! De onde você tirou isso?
A questão é a seguinte: você nasceu no tempo errado! Mas que bom! Pois se você tivesse nascido no tempo certo ia se fuder, com sua genialidade ausente.
(ninguém pode saber da sua genialidade. Ela é segredo. Então ela se boicota. Mas é tudo cena).
Só estou com vontade de...
De chorar, de ter um grande sentimento pra transcrever. Mas na verdade só estou com ciúmes do mundo. E ponto. Tenho um PUTO IMENSO CIÚMES do mundo. Das idéias que eu captei no ar que não são minhas também. A velha história: na vontade de açambarcar o mudo com as pernas e acabar recriando ele nas coxas. Fica tudo assim. Pelos coco. No meio do caminho. Torto. Fragmentado. Solto. Cagado. Porco. Raso.” Muito me admira você falar de Glauber Rocha assim tão parcamente.” O que é que você quer que eu fale de Glauber Rocha. Eu me pergunto. Enquanto mastigo ovo frito com arroz. Sem conhaque.
Tenho duas mãos, o ciúme do mundo e nada de conhaque. Só muita vontade de muito a ponto de num dar conta de nada.
Aí eu me pergunto. Ay! Eu me pergunto. Você se pergunta ou só ta brincando de casinha?
Arre... Vou ficando assim. Buscando epifania no ovo frito...


Saudade do mundo também. E à memória agradeço por existir. Eu já fui outras pessoas. E continuo sendo a mesma (!).

sexta-feira, 10 de abril de 2009

look out


TU ME QUIERES BLANCA




TU ME QUIERES BLANCATú me quieres alba,Me quieres de espumas,Me quieres de nácar.Que sea azucenaSobre todas, casta.De perfume tenue.Corola cerradaNi un rayo de lunaFiltrado me haya.Ni una margaritaSe diga mi hermana.Tú me quieres nívea,Tú me quieres blanca,Tú me quieres alba.Tú que hubiste todasLas copas a mano,De frutos y mielesLos labios morados.Tú que en el banqueteCubierto de pámpanosDejaste las carnesFestejando a Baco.Tú que en los jardinesNegros del EngañoVestido de rojoCorriste al Estrago.Tú que el esqueletoConservas intactoNo sé todavíaPor cuáles milagros,Me pretendes blanca(Dios te lo perdone),Me pretendes casta(Dios te lo perdone),¡Me pretendes alba!Huye hacia los bosques,Vete a la montaña;Límpiate la boca;Vive en las cabañas;Toca con las manosLa tierra mojada;Alimenta el cuerpoCon raíz amarga;Bebe de las rocas;Duerme sobre escarcha;Renueva tejidosCon salitre y agua;Habla con los pájarosY lévate al alba.Y cuando las carnesTe sean tornadas,Y cuando hayas puestoEn ellas el almaQue por las alcobasSe quedó enredada,Entonces, buen hombre,Preténdeme blanca,Preténdeme nívea,Preténdeme casta.

norma juno reagan


Ficha de Norma Juno:


Nome: Norma Juno Reagan de rolinhos na cabeça y pieza entera de jamon. Que hecho yo para merecer esto.
Crônica: Clube do Livro Chá das cinco: Roleplayng Game e Terapia Lorquiana para mujeres de todo tipo.
Natureza: Esposa. Ciumenta. Vingativa.
Comportamento: Histriônica, copedendente e bordeline. Perpassa a justeza de mulher modelo da sociedade a mulher descontrolada, violenta e abusiva. Praticamente Glen Close.
Residência: Casa Branca (de Washington? Não me pergunte ...) País Basco.
Idade: há dez anos que tem 30.
Sexo: Com o marido. “Decente fui y decente lo seré. Me comprometí con
mi marido. Pues hasta la muerte!”
(Zapatera Prodigiosa)
Conceito: Pavão, perua. The first lady. A grande dama fiel pero mal amada.



Atributos físicos: Não tão forte fisicamente. Delicada como uma mulher rainha do ocidente deve ser. Aparentemente: Frágil. Por tanto, força: 1 Destreza: 2 Vigor: 3. Pois ela é só aparentemente frágil. Usa Chanel nº 5.

Atributos sociais:
Bela. Produzida. Rolinhos na cabeça.
Carismática e manipuladora. Pau a pau. Tudo dois.

Mentais:
Percepção: extremamente imaginativa, desconfiada, maníaca. 1
Inteligência: mais ou menos, se fode quando se trata de se vingar ou conspirar contra o marido. Ou tentar tomar o poder. 2
Raciocínio: Rápido... 4

Habilidades:
Culinária: Tomate, pimiento, pepino, cebolla, uma pontita de ajo, pan duro, aceite, vinagre y
sal. El secreto esta en mesclarlo bien. A Ivan le encanta como lo hago.
(Carmen Maura).5.

Representação: maravilhosa. Antes de se tornar primeira dama era atriz como o marido.


Prontidão: 0
Esportes:0
Briga: 5
Esquiva: 0
Empatia: 1
Intimidação: 3
Liderança: 3
Manha:5
Lábia: consegue convencer principalmente gente de casta superior.


Perícias:
Faxina: casa sempre impecável
Costura: repara a roupa dos filhos. Filhos sempre impecáveis
Bolinho de chuva; receita herdada da avó
Muffins: com gotinhas e chcolate ou frutas cristalizadas
Bolo de banana: é importante reprveitar as casca de banana
Empatia com animais: 1
Condução: 1
Etiqueta: 5
Armas de fogo: 2
Armas brancas: 3
Musica : 1 apesar de cantar excessivamente.
Reparos: 2
Segurança: 0
Furtividade: 0
Sobrevivência: 0


Conhecimentos:
Ela canta. No videoquê em sua mansão, nas festas sociais, e nas rondas pela cidade a te procurar sem encontrar.

Burocracia: muitos pontos. Minha office girl deixa um rastro de arco íris no ar.
Computador: anithing
Finanças: upa lele
Investigação: pra vigiar o marido e espionar o governo arrasa.
Direito: é primeira dama
Lingüística: sabe muitas línguas
Medicina: 0
Ocultismo: esotérica
Político: I dont talk about politics, I'm an actrees... I'm just the first lady
Ciências: ?







Antecedentes: Ex atriz, se casou e largou a carreira para ser dama do lar, first lady, RUTH Fisher, Bree Van de Kamp. Sempre se exaltou mais do que é na realidade.

Virtudes: é fiel ao marido. Fiel ao marido. Fiel ao marido.

Humanidade: Humanidade é o caralho, que eu sou uma deusa.
Ponto bônus: ela canta. No videoquê em sua mansão, nas festas sociais, e nas rondas pela cidade a te procurar sem encontrar.

didi tem razão

Didi diz: Como tenho buscado cada vez mais me informar sobre teatro, estou acompanhando alguns sites e blogs sobre o tema. Tem muita bobagem, mas tem coisas ótimas também! Olha que maravilha que achei no site revista Bacante. Vou mandar um e-mail para eles para parabenizar. Eles entendem do negócio mesmo.


Receita para fazer uma peça do Fringe ou Lehmann deveria ter dito: crianças, não façam isso no palco


March 26, 2009 at 12:09 pm · Filed under Festivais · Por Astier Basílio




1. não se preocupe com o que a sua peça queria dizer ou sobre o quê venha ser seu espetáculo. Afinal, a obra é aberta, némsm?, deixe que o público formule: sentido, entendimento, dramaturgia, para isso é fundamental cenas aleatórias, às vezes repetições.

2. Baby, um cenariozinho pop é chic no último, viu? Referências a desenho animado, programa da Xuxa, guerra do Vietnã, Beatles, misture tudo num liquidificador colaborativo e fica frio e seguro, você tá na moda, fechando.

3. Atenção diretor, interfira na cena. Mas faça isso durante a apresentação. Sabe o que tá sendo uma tendência forte? Um microfone. é: um microfone. No meio da cena mande o ator fazer a rubrica direito ou mande-o refazer.

4. Citações em francês, até falas, diálogos inteiros, são suuuuper recomendáveis. Há os que prefiram alemão, esses são minoritários, o velho e surrado gromelô de guerra cai bem ainda, agora música tem que ser ou francesa sussurrada ou uma em inglês. No caso de se preferir uma canção em inglês todo o maior cuidado do mundo pra ser uma canção que ninguém conheça de um grupo obscuro. Sim, já ia esquecendo, falar em inglês também tá valendo. Ficar sem dizer alguma coisa em língua estrangeira, boff, é ficar pra trás, tá?

5. Pegue uma cena, rascunhe de modo bem bruto, com o corpo, com sentido aleatório e depois traga essa cena de volta num contexto que a plateia diga: óóóóóóóóóó´

6. Constate, divulgue, amplifique a falência do dramático com a excelente vantagem de não ter de investigar, sugerir, propor alternativas

eu e minha fase de bruxa má (portão verde de garagem... beth is late) só pra constar falas de NORMA JUNO REAGAN


eu sou aquela que não foi convidada pro batizado da filha do rei.
eu sou a segunda mais bela porque a primeira mora no bosque com sete anões.
a minha enteada tem um pé tão pequeno que cabe dentro de um bibelô de cristal!
certa vez eu roubei a voz de uma sereia e gostei...
eu devo confessar que em 1971, eu acho...não me lembro bem ao certo, eu peguei o meu marido na cama com um astro de rock, às vezes durmo na geladeira, faz bem pra pele, ah e pinho sol não mata. Acreditem, eu testei.
Norma Juno Reagan


esta musica é dedicada a Angela Bowie. (o David sempre pegou quem todo mundo queria):


Angie (Jagger and Richards)

Angie, angie, when will those clouds all disappear? Angie, angie, where will it lead us from here? With no loving in our souls and no money in our coatsYou cant say were satisfiedBut angie, angie, you cant say we never triedAngie, youre beautiful, but aint it time we said good-bye? Angie, I still love you, remember all those nights we cried? All the dreams we held so close seemed to all go up in smokeLet me whisper in your ear:Angie, angie, where will it lead us from here? Oh, angie, dont you weep, all your kisses still taste sweetI hate that sadness in your eyesBut angie, angie, aint it time we said good-bye? With no loving in our souls and no money in our coatsYou cant say were satisfiedBut angie, I still love you, babyEvrywhere I look I see your eyesThere aint a woman that comes close to youCome on baby, dry your eyesBut angie, angie, aint it good to be alive? Angie, angie, they cant say we never tried

Manisfesto Pro Burca por Silvia e os Outsiders (Bienal Piores Poemas 2008 - menção honrosa)

Silicone, água oxigenada, cera depilatória, chapinha, laxante, batom, cílios postiços, ácidos retinóicos, tretinoína, aparelhos ortodônticos fixos e metálicos, giletes, prestobarbas, xampu, condicionador, sabonete esfoliante, hidratante para peles oleosas, para peles secas, para peles mistas, para peles oleosas, mas secas nas extremidades, peles negras, peles brancas, peles brancas com sardas, loção de limpeza adstringente para peles oleosas, tônico para a pele do rosto, decapagem facial, tônico capilar, tratamento de choque capilar, tratamento de choque estomacal: cabo da escova de dentes na goela. Juuuuca. Chá de rosa branca, água de berinjela, regime do carne queijo e ovo, regime da maçã, regime da sopa, vigilantes do peso, cloridrato de anfepramona, vulgo inibidor de apetite, bola, anfetamina. Ferro de passar e meia de náilon na cabeça pra dormir. Rolinho, grampo, gel fixador, gel modelador, creme para pentear, creme para modelar, silicone para pontas duplas, pontas duplas!! Esmalte fortalecedor de unhas, alicate de cutícula, lixa de unha, esmalte gabriela, base, esmalte de base fosca para homens, creme para as mãos, creme para os pés, creme para os cotovelos, creme para calcanhares ressecados, creme para a região T do rosto. Creme para o lóbulo das orelhas. Hidratação. Pinça. Bisturi, mangueirinha de puxar gordura da barriga, anelzinho redutor de estômago, silicone, no nariz, no peito, no beiço, na bunda, nas bochechas, na testa, eu que sei. Tesoura, serra elétrica, laser, Ivo Pitangui, choque, eletrólise, guilhotina, pau- de – arara, cadeira do dragão, geladeira.



Você não precisava de nada disso, se você usasse uma.



Deixe seu bigode crescer, ninguém precisa saber.

Viva a sua puberdade com um pouco mais de dignidade.

A tortura é um mal que precisa ser execrado da sociedade.

Não se depile. Nada de bicicleta ergométrica.

Seja reconhecida por seu talento. E não por sua feiúra.

Não seja vítima da insanidade de um povo radical em seus costumes: não ponha silicone nem se enloureça. Use burca e diga não aos xiitas! Ditadura da cintura da Barbie nunca mais!!!

Fora com o totalitarismo dos peitos de Pámela Anderson!

Jenifer Lopez trabalha para a CIA! Penélope Charmosa é fruto de um plano conspiratório interplanetário das empresas de cosméticos e de objetos cor-de-rosa.





Diga NÃO aos pelos encravados. Use burca.



Silvia e os Outsiders.

Cavalo dado não se olha os dentes: a mulher contemporânea e a linearidade arcaica do pós alguma coisa


Pós feminismo

Pós Bruxas de Salem

Pós Maria da Graça Xuxa meneguel

Pós Rainha Vitória

Pós mãe de Sigmundo

Pós Nossasinhora

Pós Irmã Dulce, mãe mininha do Cantuá e Clarice Lispector

Pós vagisil, OB, E PIPI EM PÉ

Pra minina pra moça pra mulher

Sou pós relacionamento doentio

Sou pós bicha melhor amiga

Sou pós Marilia Gabriela

Sou pós Desperated Housewives

Sou pós co-dependencia da Wendy

E a negação de Pollyana.

Nada está bem.

Sou pós –mulher

Pós mutilação de meu clitóris e

Da Castração do Pênis de Freud

Que eu não tenho

E os dentes de minha vagina

Cansados de mastigar

Caíram todos

Corega.

Corega.

Corega.



Silvia. E os outsiders.

domingo, 5 de abril de 2009

canção bandeirosa irracional nº 6



Navontadedeaçambarcaromundocomaspernaseacabarporrecriálonascoxas!No fim de tudo, ainda:
I wanna be a rock star.

The dream is over What can I say.
Já vou dizendo que aqui quem fala é Silvia. A outsidermarginal quase terrorista que quer evidência. Eu quero evidência. Eu quero ser John Lennon. Uma espécie de diva comprometida com causas coletivas. Liza Minelli de esquerda. Ainda quero minha autoria em tempos de Luther Blisset. Ta entendendo?
O meu gosto setentista me coloca nesse lugar. Out. Mas eu nasci pra evidencia. Então teremos que trabalhar juntos.
Let it be o caralho!
Direitista é a mãe.
Que sou filha de pomba! E NÃO ADMITO!
Então vejamos, declaro a partir de hoje. I am a rock star.
Escrevo minhas bobagens e vocês adoram. OK?

Repitam comigo:

Silvia é marginal
(uuuuuuuuuuu)
Silvia é old school
(uuuuuuuuuuu)
Silvia é a vanguarda de fraldas
(uuuuuuuuuuu)
Não votem Silvia
(uuuuuuuuuuuu)
Seja Silvia, seja herói
(uuuuuuuuuuuu)
Silvia é outsider
(uuuuuuuuuuuu)


A partir deste dia Silvia emeeeeeeeeerge do underground em um tapete vermelho. You see this is my life.

postado por silvia

domingo, 29 de março de 2009

tempo

23/10/05
Meus dias secos e cansados de não ter futuro. Meus dias secos e cansados sem nenhuma surpresa. Meus dias secos e cansados e eu seca e cansada sem nenhum futuro. Eu ainda choro. Choro, logo existo.










(achei no meio das tralhas da gaveta)

banana-lhe

Trabalha nêga...

segunda-feira, 23 de março de 2009

é que eu não sei aonde quero chegar ainda com esse papo. Vai ver nem é grande coisa.

I´m a creep

"Sabe o que eu acho?
Eu acho... uma coisa só, mas...
Atônio Carlos Jobim e Chico Buarque de Hollanda merecem o nosso respeito!
(uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu)
Se vocês...(uuuuuuu)acham que estão(uuuuuuuuuu) me apoiando(uuuuuuuuu) vaiando(uuuuuuu)
Gente! Por Favor!(uuuuuuuu)
A vida não se resume a festivais!" (Geraldo Vandré, depois que perdeu pra Sabiá no Festival da Canção)
Eu não sei. Tenho uma coisa com multidão. Tudo bem que 30 mil pessoas desespera, dá pânico. Minhas pernas doiam e eu me sentia velha. Gastei uma grana com a empreitada e perdi o ônibus pra voltar. Nem paguei de tiete como gostaria porque fiquei longe e perdi o ultimo bis. Creep´. Vai ser gauche na vida..
Um monte de celular aceso, todo mundo catando, eu e blue(que bom que ela tava comigo), e a lagartixa lá. Assimétrica (rs). Mas uma vez a pomba de Woodstock se manifesta. Por que em seguida vou dizer que valeu a pena. E vou ficar nessa, por enquanto. Nem vou lamentar por ter perdido CREEP. Vou ficar por aqui refletindo sobre meu ultimo grito de tiete adolescente. "E por falar nisso Viva Cacilda Becker!" (Caetano em 1968 enquanto discursava na musica É proibido proibir, e era vaiado por todo mundo)

tudo certo como dois e dois são cinco...

Because...
You have not been!

Payin' attention
Payin' attention
Payin' attention
Payin' attention
You have not been paying attention

ô não... maybe not maybe not maybe not

Quando você me ouvir cantar
Venha não creia eu não corro perigo
Digo não digo não ligo, deixo no ar
Eu sigo apenas porque eu gosto de cantar
Tudo vai mal, tudo
Tudo é igual quando eu canto e sou mudo
Mas eu não minto não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias tristezas e brinco

Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco

O ultimo grito de tiete da adolescente tardia..



e ele era uma lagartixa compulsiva, 30 mil pessoas de distancia de mim.

terça-feira, 17 de março de 2009

aprovado

Histérica interna. Desde há muito tempo, cai-se do salto.
Antigamente, tudo que a mulher tinha era bruxaria. Tudo. Até vontade de dar era bruxaria.
Antigamente tudo que mulher tinha era histeria. Tudo. Até vontade de dar era histeria.
Antigamente tudo que mulher tinha, TPM da regra, paixão, curiosidade, vergonha, medo culpa ou despudor. Tudo que mulher tinha, lactação, parto, aborto, brônquios pra respirar, injustiça, vontade, vicio de nicotina ou de bebida, pergunta, resposta, trabalho. Tudo que mulher tinha, arquétipos jungianos, Hera Atena Ártemis ou Afrodite e outras deusas. Era inveja do falo. Antigamente tudo que mulher tinha era homem. Tudo que mulher tinha era homem. Tudo que mulher tinha era homem tudo que mulher tinha salto alto tinha o homem. Homem inventou o salto alto. Antigamente tudo que mulher tinha era homem e homem, salto alto.

I've given all I can, but we're still on the payroll

Tenho um show do radiohead pra ir esta semana!

quinta-feira, 12 de março de 2009

burnout.

quarta-feira, 11 de março de 2009

manifesto da repetitiva

caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhando e c
caminhandoecantanoeseguindos@#$%&
ão

domingo, 1 de fevereiro de 2009

bar do japão

A conspiração melancólica, o pessimismo romântico de mal elementos intelectualóides que tomaram a cidade por alguns domingos de 2001.
Em prol do Rock ´n roll e adjacências...



Pedro Leopoldo: Pedro Leopoldo é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2006 era de 63.095 habitantes. Situa-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a 46 quilômetros a noroeste da capital mineira, ligando-se a esta através das rodovias estaduais MG-010 e MG-424.


2001:O ano em que as armas chegaram, ou chegariam.

O “Silencio” rondava os postes da única cidade do mundo em que até poste é celebridade. Mickeys assassinados na madrugada de Sete de Setembro. Conhaque presidente e coca-cola. Cuba libre do pobre mal elemento do interior.
Na terra onde o carnaval termina na sexta feira antes do Carnaval, quando se enterra o boi da manta no ribeirão, ribeirão este que viraria mar sob a premunição de Chico Xavier e inundaria a cidade, obrigando seus moradores a botarem seus barcos no portão.
Esta cidade vislumbrou o preanuncio da chegada das armas. Que começou num domingo de 2001, o ano da odisséia no espaço, do fim do mundo, da posse de George W. Bush, do desaparecimento das torres gêmeas, do incêndio do Xuxa Park, da fuga de 106 presos do Crandiru, do lançamento do Harry Potter e do Wikipedia...

O ano em que as armas chegaram, ou chegariam.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Par ler escutando "Ballade pour Adeline"...

Devo dormir mais e fumar menos. Menos café. Alongar antes das atividades físicas. Levantar a primeira vez que o despertador toca, sem apertar a opção soneca. Devo, terminar os livros sem começar outro e não me distrair na Internet com atrativos distantes do meu objetivo. Devo beber menos vinho, é saudável, mas caro. Menos cerveja. Menos refrigerante. Devo melhorar o tom em minhas manifestações por que sou muito antipática.
Devo aprender a pensar duas vezes antes de falar, mesmo que isso signifique desaprender o que custei a incorporar em mim. Eu que antes pensava cinco vezes antes de me manifestar e perdia a vez. Devo escutar Beatles de manhã. E Caetano no carro. E olhar para o céu durante à tarde e suspirar pra não perder a tradição de pomba. Devo usar as borrachinhas do aparelho. Todos os dias. Devo sentir vergonha dos meus dentes pretos de cigarro. Minhas unhas amarelas, de cigarro. Meu esmalte descascado. Minhas golas de camisa cortadas. Devo me exercitar pra ficar igual Madonna. Devo ser humilde. Devo ser corajosa. Devo ser sincera. Devo ser forte. Devo o Seven. 240 reais. Devo o cheque especial, 200 reais, da conta ainda universitária. Não devia chorar. Devia ser leve. Devia ser menos ciumenta. Devia ser o que eu era. Ou resgatar a ilusão que eu mesma inventei do que um dia eu já fui e que fez você me amar, os meus amigos me amarem, eu me achar legal. Devo me lembrar onde ponho as chaves e antes de chegar na porta do carro. Devia parecer menos com a minha geração... Não devia me levar a sério e os outros e tudo...hahahahahahahahahahahaha.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Protótipo de manifesto. Nome de grupo de teatro belorizontino causa polêmica.

Manifesto 171 ou Crônica Plagicombinada em busca da verdade (?).

Deus morto por Nietzche, solto por Caetano em 1967, o autor morto por Roland Barthes, o compositor por Tom Zé. John Lennon morto por Mark Chapman, que foi criado pela CIA... ?
Que seja. Me disseram. Disse me disse, e agora existe. Borba Gato nunca esteve em Sabará, ou não... Caetano e Gil inventaram o relativismo tupiniquim.
A canção de Foucault: eu falo, eu minto. A teoria de Tom Zé: eu não sei de nada, eu não sei de nada, eu não sei de nada.
Cantemos, oremos, fumemos o fruto proibido da Nicotina adulterada da conspiração mundial aliciada. Fumemos em notas de um dólar, que equivale a nada.
Já me disseram na aula de literatura: só me interessa o que não é meu, lei do antropófago e eticétera.
Agente já apreneu a comer e o poeta carioca diz antes o choque: pra você que não despareceu em 1968 só por que não era nascido.
Nascemos vomitando, lá pelos 1980... Regurgitofagia parece ser uma idéia sem acento que eu gosto de copiar.
A palavra 171, não cabe mais só no código penal:
E não optamos pela tradição. Nem pela revolução. Nem como fenômeno astrológico nem marxista. Nem como fenômeno histórico nacional.
De toda forma, o movimento pós hippie, pós blank generation, futuro do no future, mas que não é nem EMO e nem cosplay (porque afinal de contas temos quase trinta anos). Somos resto de tudo isso, Pollyana pomba de Woodstock histero histriônica que chora excessivamente. Hey ho let´s go. What else should I be? All apologies..., como diria o simplório experiente que usava camisa de flanela e uma bala na cabeça lá pelos 1994.

Somos atores de Teatro, qué os puedo decir... what can I say? Em Belo Horizonte, onde a vanguarda ainda pertence a Lô Borges e companhia (nada contra). Não somos de direita, pode-se conluir.

Art. 171 Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

Não. Quem somos nós para querer o prejuízo alheio. Sou apenas um homem de teatro. Louis Jouvet vive em nós e toma chá com Brecht, Raul Seixas e Nossa Senhora.

Se ser marginal era ser herói... Em tempos em que as folhas em branco são folhas escritas recicladas, misturadas e coalhadas. Jorge Mautner dizia:
Ironia
É o cinismo dos sábios
Não tem conteúdo preciso
É preciso realçar a sensualidade geral.


Evoé, Sarava, All you need is love, bem unidos façamos nesta luta (final?) por um mundo sem amos. A internacional.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

hippie...

América, turbilhão, colcha de retalhos, luzes, ângulos inclinados, areias quentes, abacaxis melancias ananás, chuvas súbitas tropicais, matas verdes e muito sexo, Eros no batuque, na paisagem, calor negro, índio, eletricidade, cidades amontoadas e jogadas, cuspidas do trabalho fáustico de imigrantes-aventureiros-escravos, planícies de surpresas e brotes repentinos de culturas fosforescentes, carnaval, futebol, suor, cacau, petróleo-matéria-plástica mas tudo isso amontoado com uma brutalidade inocente, porque direta, tão distante do refinamento da crueldade européia! O sôco, a porrada, a amazônica capacidade de mentir, fantasias cósmicas, agilidade, o dengue, bem, legados superiores da raça negra, , um tom próprio, muito próprio, malícias de mil tribos e trejeitos, uma espantosa velocidade, até mesmo às vezes no radicalismo da preguiça como movimento cósmico de desencadear maiores velocidades da mente através do não agir, ironia como sabedoria básica, aventura, na mata, nas cidades, nos aglomerados, entre cipós e arranha-céus, bandoleiros, dançarinas, sensuais criaturas pagãs,o olho sempre à procura da chave de cada enigma que se abre em dois, mil olhos se espiando na selva, coqueiros e palmeiras se beijando com beijo ao som de uma rumba-samba-rock. E com uma ua de mel hollywoodiana mas já montada em um filme underground de gay hip américa.E estradas, sempre muitos e muitos quilômetros, é grande todo continente, com pássaros e animais de todos os tipos, os que inventam culturas sem o saber em velocidade atômica se subdividem em muitos países, clãs mas há um tom de caos geral, de caos fabricador de coisas incríveis, estradas desconhecidas cheias de prazer, a magia da música negra, como produto superior de todo esse caos, a participação efervescente dos corações apesar das grandes angústias, uma dança geral, frenesi, muitas possibilidades, potenciais, , dimensões do fantástico, território muito novo, América portuguesa negra, América inglesa negra, América espanhola índia, em todas as esquinas o grilo, aqui em baixo a barra é mais pesada, mas o entusiasmo, a audácia, as cores, a inclinação rítmica, Acabou chorare, trombetas e cantos, que américa mais cantadora e dançarina! Cantando a sua tragédia de labirinto um jogo de sensualidade e prazer. Evoé verão!! Colocaram a tecnologia em cima de um campo bárbaro e cheio de movimento, a televisão unificou como imagem absurdos antropológicas e antropofagias disfarçadas, somos a barra pesada e dançamos frenesi, de certo modo macacos invejado (o eropeu Mick Jager sonha em ser macaco), xaxados, cocos, baiãos, sambas, rocks, soul, blues, como pipocas brotando de um imenso robot perdido por entre cipós, emaranhados de edifícios de amianto brilhando contra um céu onde se confundem piscando satélites foguetes e vaga lumes como a estrela Dálva. (MAUTNER Jorge. Os fundamentos do kaos. Nova Stella, 1985. p.37-38)