Fiz vinte oito anos. Agora sim, retorno de saturno[1]. Esta bem, ok. Responsabilidade, crise de virar balzaca. Transições definitivas. Mas eu tô aqui, decorando letra de música antiga, quem nem quando eu fazia aos quinze anos e tô achando ótimo. Sabe quando você descobre uma banda e acompanhava a letra da música no encarte que vinha no vivil ou no CD... (por que eu vivi essa transição).
Ainda não sou uma profissional estável. Poso nua e faço teatro na provincia belorizontina.
Nunca fui dada à matemáticas. Definitivamente. Vai ver meu saturno deu uma atrasadinha. Hahaha
Quem diria que eu diria...
Quem diria que eu me sentiria assim aos vinte oito. Mandando um grande foda-se pra coisa crisenta toda.
Vinte oito é um número perfeito, (ou seja, os que me dividem (ou o que me divide) somam e chegam a mim..) e se eu, patológicamente como um astro do rock ( mania de perseguição, de ego monstro em determinadas situações e megalomanias secretas) não morri aos vinte sete como Jim Morrison, Kurt Cobain e Jimi Hendrix, (mortos pela CIA ou não). Acho que posso relaxar. Tomando vinho vinagrento às onze da manhã de uma terça feira, e descobrindo que Walt Withman começou a escrever poemas aos vinte nove. Olha só que alegria!! Ganhei meu dia. Eu que aos quinze me desesperei por causa de Rimbaud, que na minha idade era o que era. É preciso ser absolutamente moderno!!
[1] Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco.Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. É o momento de determinar o que vai dar impulso aos próximos 28 anos e tudo o que é decidido tem sua repercussão e conseqüência.
Um comentário:
o 28 é o chamado número perfeito, não me lembro porque não... Mas é alguma coisa matemática assim. E não se esqueça da questão da expectativa de vida das comunidades pré-históricas e das modernas. Quem chegava a vinte e oito na idade da pedra, nossa, era muito foda! Enfim. Muito lindo.
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