comunista desejosa de glamour hollywoodiano. anarquista com apego material a coisas emocionais. plagiadora que exige direitos autorais



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

nem alice nem clarice

Um dia de bola pra frente (título em mutação) (tema provisório) (fora de foco)

Dia 12 de Julho
Quero uns óculos de aro redondo, mas cancelei meu oculista.

Dia 13 de Julho.

10:30 AM
Fiz café. Fumei. Abri o Facebook.

10:45 AM
Hoje é dia do roque.

11:00
Tenho que começar a escrever sobre o projeto de Intercambio grupo de Curitiba amigo. Diálogos afetivos. Como montar minha capa de Sgt. Peppers parte II.

12: 00
Voltei pro Facebook. Eu não sei de nada. Eu não sei de nada. Eu não sei de nada. Postei uma mensagem pra Fidelis. Cancelei o angiologista, ainda corre sangue em minhas veias. Mas não sei de nada não... sei não.

13:00
Cancelei meu dentista. Vou ficar em casa escrevendo. Sem nada me interrompendo o fluxo de pensamento. Acho que vou cancelar com o Rodrigo também mais a noite. Meus dentes estão entortando novamente. Meu dentista freqüenta o Minas Tênis Clube...

13:30 Já que vou ficar aqui vou fazer mais café. Não trabalho hoje. Hoje vou escrever.
Tinha que faxinar a casa, mas acho que não vai dar... esqueci de por o lixo pra fora. Vai dar bicho.

14:12
Saulo postou Gal cantando Vaca Profana pra mim. Achei bonito. Sintomático. Leu meus pensamentos. Falamos de sintonia. Para Saulo, com amor. Leite bom pra todo mundo. Eu é que num vou ficar azeda por causa dos caretas.


14:30
Mas uma Gal. Uma explicação. Musica de Bob Dylan, versão de Caetano. It´s all over now baby blue, os alquimistas já estão no corredor. Junte tudo que você conseguiu por coincidência. Fico pensando, pensando. Explica pra eles Abelardo: meus filhos eu estou aqui pra confundir, não para explicar. Eu não me entendo. Brisa postou um fado. Eu não me entendo.

14:47 Fui pro meu quartinho dos fundos. ZONA. Um chapéu coco vermelho, um maiô de lantejoula verde e amarelo, uma saia de filó preta, resolvi escutar vinil, pus bob dylan, o único que tenho do moço. Ponho o mesmo lado B que escuto desde os 15 anos. É como se ele se resumisse naquelas 5 musicas e terminasse ali, no meu quartinho dos fundos. Não é verdade, mas é um pouco. Dylan pra mim é esse cara que escuto o mesmo lado B, de um disco velho empoeirado e aranhado em rotação lenta, pq minha vitrola é lenta, enfim.
Enfim. Ele é isso pra mim. Porque eu não o busquei com toda a minha intensidade juvenil. Hoje fica difícil, o mundo não parou lá fora, a pesar de previsível, o mundo urge, e dylan canta pra mim just like a woman, chega. Vamos voltar ao que interessa. Não vou arrumar essa roupas em cima da cama, esses livros desordenados na estante, na cadeira e na cama também. Yes she d. Tirei a agulha do disco. Voltar pro computador.

14:55 Tem uma lesma na cozinha. Pego um papel pra tirar ela de lá. Ela tem um rabo interssante. Ela olha pra mim e diz:
Quem é você?.
E eu respondi: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então
Vou filmá-la. Filmo a lagarta com o celular. Me despeço.

15:00 ZONA AUTONOMA TEMPORÁRIA
Releio em PDF, esse clássico juvenil/universitário. Sempre li fragmentadamente e temporáriamente sem concluir. Não conclui agora tb. Recebi um telefonema da rede minas. Convite pra ler no porgrama “na estante”. Mas eu já fiz... “você tem algume pra indicar?
Não tenho nada guardado dessas coisas de TV, entrevista, leitura... nada. Eu devia ter. É importante, né. Um composite, um videobook...HAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

15:16
Principais levantes da História do Brasil. Google responda-me.
Acendi um incenso. Incenso dos milagres, realiza o impossível. Vou focar.
Xuxu? Chamei marina no bate papo. Ligo pra ela “tanta coisa pra fazer, vontade de fugir”, “foge, xuxu. Vem pra casa” falo rindo, sabendo a resposta, mas com verdade. Com vontade.
Vem pra casa.

17:00
Zona Autonoma temporária.
Diálogos afetivos.
A verdade do cerrado conclama amigos fora do eixo prum chá na esquina.
Nosso lado A toca Clube da Esquina. Sentados no meio do asfalto viramos o disco.
Dama Indigna reza à santa padroeira: nossa senhora da bad trip.
Sou só uma idiota reivindicando memória, sozinha. Parece que batalhei idéias, conceitos, fé, desejos, sozinha. Ninguém ta nem aí pra minha ladainha. A não ser que ela saia de outra língua. Na terra de padroeira NOSSA SENHORA DA BAD TRIP.

21:00 aquela lagarta...

21:21
Escutando Patti Smith. Conheci Patti depois de velha. Só fui entender toda a idiotice do Punk aos 25. Patti é tão cristã. Pomba de Woodstock, desde o Hotel Chelsie, curando deprÊs de Janis Joplin, pra musa do punk.
Todo mundo pensa que é Fernando Pessoa. Diria Ana Cristina. Não sou nada. Meu coração é muito pequeno.
Patti Smith...
Nada não.
A vanguarda do cerrado, a dama indigna do sertão, a pomba de Woodstock, e da esquina libidinosa, histero-histriônica que chora exessivamente, la cantante do horto, hermana de medusa, a mulatto, an albino, a mosquito, my libido, yeah, dentada das montanhas, a criatividade distraída, nome apelativo inventado por necessidade minha.


22:00
Não devia ter jogado a lagarta no lixo. Bebi alguma coisa, fumei depois, e tudo voltou ao normal.

Um comentário:

Ame. disse...

...um suspiro de um dia inteiro..... nuuuuuu...eu é q não sei nada!rs