a modelo
Café. Nada de almoço. Por que senão eu durmo. E é muita exposição. Eu já estou nua, diante dos estudantes... pretensiosos ou não, fico comigo mesma. Porque sou pretensiosa. Entro naquele atelier com ar de antipática, diva das imperfeições que serão rascunhadas por garotas e garotos classe média, aspirantes a algo parecido a mim, na idade deles.
Me sinto tão velha naquele lugar, pagando peitinho a essa altura de meu campeonato.
Não me lembro quando foi dada a partida. Cheiro de citronela. Eu me arrisco a dizer, aqueles meninos não conseguem me fitar nos olhos. E eu me ponho a fitá-los e a me sentir mais o que pretendo ser, mas que obviamente não sou.
20/02/2009
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