Woke up this morning singing an old beatle song. Parece que foi ontem. Aquele negócio todo. Retorno de saturno, minha mocidade. Cainhar com meu pai com nostalgias tardias de Caetano. A vida num numero perfeito. 28 =
Faço 29 na segunda que vem.
O ano passado eu nem morri. Mas esse ano eu não morro.
Mas é que quando meus óvulos estão em processo de morte... Tem se tornado cada dia mais difícil. E quando por fim eles morrem e escorrem pelo ralo, como o da princesa egípcia,
tudo parece um tanto mais claro. Talvez um pouco melancólico. Porém menos desesperador.
Então eu que me tornei histérica depois de velha. Solto meu gritos confinados aqui desde a infância e caminho como um escocês na montanha. Um slogan de campanha publicitária.
Vamos embora.
O tempo me chama. Ainda uso all star e não faço as barra de minha calça.
Porém os joelhos dão algum sinal. Os olhos dão algum sinal, a testa grita a preocupação mesquinha. Ou não.O sonhos continuam os mesmos. Ainda não vivo como nossos pais.
Sinto saudade do que sonhava deles. Do mar que fez parte de meu texto porque me deram o nome de uma correspondente alemã. Não de guerra. De solidão.
Marina, irmã de Letícia. Marina irmã de alegria. Filha de Pedro e Candide. Cândida pedra. Pedra doce. Torrão de açúcar meu pai. Pedra minha mãe que ao sorrir revela a minha melhor herança. De tudo fica um pouco e eu fiquei com seu sorriso torto e escancarado. Um olho marejado. Cândido Pedro. Minha mãe. Meu Pai.
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