comunista desejosa de glamour hollywoodiano. anarquista com apego material a coisas emocionais. plagiadora que exige direitos autorais



terça-feira, 18 de novembro de 2014

Carta de Amor para velhos amigos II

Eu tô gritando desde o meu quartinho. Eu tô procurando no meu quartinho o botão debaixo da cama. Perdi o botão...
Perdi.
Eu tô gritando desde o meu quartinho uma vontade de ver você, e você, e você, e você.
E nós. Nós duas.
O botão se perdeu estafado de algum passado, de algum recente terremoto que tive que segurar durante a maior parte do tempo sozinha.
Sumiu.
Alguém viu? Só me dei conta hoje. E só hoje me deu vontade de chorar.
Não choro há tanto tempo. Eu estou aqui chorando sem o meu botão!
Que merda, hein?
E cadê vocês? Não me abandonem nessa tarde de domingo!
Eu peço todas as desculpas necessárias. Ou não peço porra nenhuma.
Fui uma amiga ruim? Ou fui uma amiga desinteressante?
Se fui desinteressante, aí não tem desculpa. Dou razão a vocês. Podem sumir. Podem desaparecer. O negócio é que perdi o botão. Tá perdido no meio de concessões e resto de mágoa que já passou da hora de virar brisa. Fumaça. Banho de descarrego. Ralo.

Então vou fazer o seguinte, vou achar o botão e play.  Let´s play that.

Vou chorar e voltar pra vocês.

Um comentário:

Ame. disse...

Eu amo seus textos!!!!
Se quiser te dou uma caixa de botões, mas não vai adiantar!Sei que não vai!
MAs essa falta de botão é que faz, as vezes, a gente continuar!